sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Estado não pode colocar-se no mesmo plano do indivíduo singular. O indivíduo age por raiva, por paixão, por interesse, em defesa própria. O Estado responde de modo mediato, reflexivo, racional. Também ele tem o dever de se defender. Mas é muito mais forte do que o indivíduo singular e, por isso, não tem necessidade de tirar a vida desse indivíduo para se defender. O Estado tem o privilégio e o benefício do monopólio da força. Deve sentir toda a responsabilidade desse privilégio e desse beneficio.


Norberto Bobbio, "A era dos direitos". tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 74.

Norberto Bobbio, 1909-2004

 
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