Na
era do terror não há equilíbrio possível: desde que forças incalculáveis, mais
do que estados soberanos, representam a verdadeira ameaça, o próprio conceito
de responsabilidade torna-se potencialmente incalculável. Quem é responsável
pelo quê, em que estágio de planejamento, diante de que corpo jurídico?
Como
a Guerra Fria, o espectro do terrorismo global persegue o nosso sentido de
futuro, porque assassina a promessa da qual depende uma relação positiva com o
nosso presente. Em todo o seu horror, 11 de setembro deixou-nos esperando pelo
pior. A violência dos ataques as Torres Gêmeas e o Pentágono revelou um abismo
de terror que irá perseguir nossa existência e nosso pensamento pelos anos e
talvez pelas décadas vindouras.
*Giovanna Borradori in. “Filosofia
em Tempo de Terror”. Ed. Jorge Zahar, 2004, p. 32.
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