sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Ser para a Morte*


Photo: Ricky Brown

A publicidade da convivência cotidiana “conhece” a morte como uma ocorrência que sempre vem ao encontro, ou seja, como “casos de morte”. Esse ou aquele, próximo ou distante, “morre”. Desconhecidos “morrem” dia a dia, hora a hora. “A morte” vem ao encontro como um acontecimento conhecido, que ocorre dentro do mundo. Como tal, ela permanece na não-surpresa característica de tudo aquilo que vem ao encontro da cotidianidade. (...) O discurso pronunciado ou, no mais das vezes, “difuso” sobre a morte diz o seguinte: algum dia, por fim, também se morre mas, de imediato, não se é atingido pela morte.

*Martin Heidegger. In. “Ser e Tempo”. Ed. Vozes, 2005, pp.35. (v.2).

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