Photo: Ricky Brown
A publicidade da convivência cotidiana “conhece” a morte
como uma ocorrência que sempre vem ao encontro, ou seja, como “casos de morte”.
Esse ou aquele, próximo ou distante, “morre”. Desconhecidos “morrem” dia a dia,
hora a hora. “A morte” vem ao encontro como um acontecimento conhecido, que
ocorre dentro do mundo. Como tal, ela permanece na não-surpresa característica
de tudo aquilo que vem ao encontro da cotidianidade. (...) O discurso
pronunciado ou, no mais das vezes, “difuso” sobre a morte diz o seguinte: algum
dia, por fim, também se morre mas, de imediato, não se é atingido pela morte.
*Martin Heidegger. In. “Ser e Tempo”. Ed. Vozes, 2005,
pp.35. (v.2).