Afinal, a melhor maneira
de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as
maneiras.
Sentir tudo
excessivamente,
Porque todas as coisas
são, em verdade, excessivas
E toda realidade é um
excesso, uma violência,
Uma alucinação
extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em
comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem
as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques
humanas no seu acordo de sentidos.
*Fernando Pessoa in.
“Poesia de Álvaro de Campos”. Ed. Martin Claret, 2006, p. 208.
_______
“Primavera” Spring, c.
1992.
Katia Malizia, ( Italy –
1968).