Retrato de "Cosette" por Émile Bayard,
da edição original de Les Misérables (1862)
É
a morte que consola e que nos faz viver!
É o motivo da vida, é a única esperança.
Elixir que nos inebria, nos encanta
e nos dá forças para ver o anoitecer.
É o motivo da vida, é a única esperança.
Elixir que nos inebria, nos encanta
e nos dá forças para ver o anoitecer.
Através
da tormenta, da neve, do frio,
é a clareza vibrante no horizonte escuro.
É o albergue famoso inscrito no livro,
em que vamos comer, dormir e estar seguros.
é a clareza vibrante no horizonte escuro.
É o albergue famoso inscrito no livro,
em que vamos comer, dormir e estar seguros.
É
um Anjo que tem em seus dedos magnéticos
o dom do sono, o dom dos sonhos extasiados,
e refaz a cama dos pobres desnudados.
o dom do sono, o dom dos sonhos extasiados,
e refaz a cama dos pobres desnudados.
É
o resplendor dos Deuses, é o celeiro místico,
é o recinto dos pobres e seu berço antigo,
pórtico aberto sobre os céus desconhecidos!
é o recinto dos pobres e seu berço antigo,
pórtico aberto sobre os céus desconhecidos!
Charles
Baudelaire
Tradução:
Márcia Sanchez Luz