"O grito era a única realidade ali - um desabafo, um reequilíbrio de emoções, uma esperança, o sinal de uma vida vivida. Podia sentir isso: e passou também a viver em função dos gritos, assim como tinha até então vivido em função do prato quente de sopa.
E o grito seria uma nova etapa temporal de seu cárcere - o tempo de seu corpo, de suas emoções limitadas entre as quatro paredes escuras."
Assis Brasil in. Os que bebem como os cães. Ed. Ronoir, 2010, p. 26.