Em que sentidos e direções desejamos transformar o
mundo, ou: nossas pesquisas implicam transformação? Corremos o perigo de
esquecer que o sujeito e o objeto de nossas pesquisas são seres humanos? Não
deveríamos correr este risco, pois são pessoas – não o “trabalho”, mas homens e
mulheres trabalhadores reais (...) – o que nosso estudo focaliza. Para muitos
de nós o objeto final de nosso trabalho é criar um mundo no qual os
trabalhadores possam fazer sua própria vida e sua própria história, ao invés de
recebê-las prontas de terceiros, mesmo dos acadêmicos.
*Eric J. Hobsbawm in. “Mundos do Trabalho”. Ed.
Paz & Terra, 2000, p.30.
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Photo: Sebastião Salgado.