quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O fio e os rastros*



Por Carlo Ginzburg



  Moça com brinco de pérola, 47 x 40 cm. 
Vermeer de Delft - 1632-1675
The Mague Mauritshuis



Os historiadores, escreveu Aristóteles (Poética, 51b), falam do que foi (do verdadeiro), os poetas, daquilo que poderia ter sido (do possível). Mas, naturalmente, o verdadeiro é um ponto de chegada, não um ponto de partida. Os historiadores (e, de outra maneira, também os poetas) têm como oficio alguma coisa que é parte da vida de todos: destrinchar o entrelaçamento de verdadeiro, falso e fictício que é a trama do nosso estar no mundo.


in: O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício, 2007, p.14.

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