quarta-feira, 21 de março de 2012

O homem é o lobo do homem*



Por Sigmund Freud


[...] o ser humano não é uma criatura afável e carente que, no máximo, é capaz de se defender quando atacada, mas que ele pode contar com uma cota considerável de tendência agressiva no seu dote de impulsos. Por esse motivo, o próximo não é apenas um possível ajudante e um possível objeto sexual, mas também uma tentação para se satisfazer nele a agressão, explorar sua força de trabalho sem recompensá-lo, usá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apropriar-se de seus bens, humilhá-lo, causar-lhe dor, torturá-lo e matá-lo. Homo homini lupus; quem, a partir de todas as experiências da vida e da história, terá coragem de contestar essa máxima?


in. O mal-estar na cultura, Ed.L&pm, 2010, pp. 123-4.

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