sexta-feira, 9 de março de 2012

Os turpilóquios nossos de cada dia*



Por Josenias Silva


Dercy, um dos maiores ícones dos turpilóquios no Brasil

Caro leitor, você já usou algum turpilóquio na vida?

Eu tenho certeza que sim.

Mas calma, não se preocupe! Turpilóquio não é nenhuma droga nova, embora vicie muita gente. Eu, por exemplo, tenho um repertório considerável de turpilóquios sempre comigo; não que me orgulhe disso, mas fazer o quê? A gente precisa, porra! Olha um turpilóquio aí. Sim, caro leitor, turpilóquio é palavrão. É uma expressão torpe, segundo o Aurélio, é um dito obsceno, uma palavrada.

Saibam que falar palavrão não é exclusividade de brasileiro, e mais, nem mesmo somos os campeões nisso. Perdemos de longe para franceses e alemães, cada qual com cerca de 9 mil pachouchadas na bagagem. (aprenda alguns aqui)

Assim, aos que quiserem enriquecer seu conhecimento acerca do uso social dos palavrões na língua nossa de cada dia, indico uma ótima leitura: Dicionário de Palavrões e Termos Afins (Ed. Leitura, 2010). Fruto de uma pesquisa de mais de cinco anos, o livro, de Mário Souto Maior e prefaciado por Gilberto Freyre, é um dos mais brilhantes registros no campo da sociolingüística no Brasil. De norte a sul, o autor foi registrando/demonstrando, através da literatura e do próprio cotidiano, o uso corrente dos palavrões e expressões afins como recursos de fala de todas as classes sociais, gêneros e regiões do país.

Dessa forma, caro leitor, não se culpe tanto quando um destes petardos da língua escaparem naquelas situaçõezinhas em que um V.T.C. surtir mais efeito que um Por favor. Enfim, como costumo falar sempre, aprender palavrão é um fator imprescindível para a socialização de qualquer um. Mas, saber usá-los (in)corretamente é uma arte.

E se me permitem, à merda com o politicamente correto!


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